O estado de São Paulo, o epicentro do coronavírus no Brasil, começou hoje a abertura gradual do comercio. Shoppings, lojas de ruas etc. O Rio Grande do Norte, apesar do fechamento desde março, vai durar um pouco mais a flexibilizar as atividades econômicas, por uma combinação de fatores.
Primeiro a população que parece dar menos importância aos alertas e recomendações de isolamento social e quarentena, formando aglomerações nas calçadas, andando sem máscaras, bebendo cachaça nas esquinas e promovendo pancadões em bares.
Outro grave problema: A inércia do poder público que teve 3 meses para preparar o sistema de saúde, mas viu a onda crescente da doença sem fazer nada. Compra de respiradores que nunca chegaram, hospitais de campanha que nunca abriram, briga política por uso de cloroquina, atrasando todo o planejamento.
As secretarias de saúde não estão realizando testagem em massa da população para monitorar a proliferação da doença. Faltam testes até para profissionais de saúde que estão na linha de frente.
E para piorar, agora teremos a expectativa de conflito nas ruas de apoiadores e opositores do governo. Mais aglomerações num momento de pandemia. Era tudo o que não queríamos, uma guerra civil dentro de uma guerra contra um vírus mortal.
A combinação desses ingredientes está maltratando a economia do RN. Lojistas já não contam mais com a expectativa de flexibilização. Estão com portas fechadas e vão entregar as chaves dos imóveis porque não tem como suportar mais um mês fechado aguardando um pico que nunca vem.
Blog Ismael Sousa